domingo, 20 de novembro de 2011

TÓPICO 35- SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO


TÓPICO 35- SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Ao longo da história o homem tem criado diversos meios para se comunicar, e melhorar seu padrão de vida. Se por um lado as suas criações lhe conferem um melhor modo de vida (como a criação de transportes, comunicações, etc.), são precisamente estas criações que o destroem (pois causam poluição, degradação, desemprego, etc.).
Sociedade da Informação surgiu no fim do Século XX, com origem na Globalização. Essa sociedade está em expansão, pois a sociedade contemporânea está inserida num processo de mudança em que as novas tecnologias são as principais responsáveis pela nova ordem. Nessa nova sociedade o desenvolvimento social e econômico está firmado na informação, pois essa gera criação de conhecimento, produção de riqueza e contribuição para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos. A Condição para a Sociedade da Informação progredir é a possibilidade de todos terem acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), presentes no nosso cotidiano que constituem instrumentos indispensáveis às comunicações pessoais, de trabalho e de lazer.
ADAPTAÇÃO DO HOMEM A UM NOVO PARADIGMA DE SOCIEDADE
Mas por outro lado, esta sociedade poderá ser a culpada por grandes diferenças sociais, levando em conta o seu grau de exigência. Visto que uma sociedade que tem como base as novas tecnologias poderá ser discriminatória. Até  pouco tempo, saber ler, interpretar  e calcular, era obrigatório para se viver em harmonia e bem-estar na sociedade, este cenário mudou e as necessidades de qualificações profissionais e acadêmicas aumentaram. Hoje se exige da escola pessoas com uma formação ampla, especializada, com um espírito empreendedor e criativo, com o domínio de uma ou várias línguas estrangeiras, com grandes capacidades para resolução de problemas e que dominem as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
RELAÇÃO DOS JOVENS COM A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Os jovens adquirem vários conhecimentos fora da escola, pois eles estão auto-integrados neste novo paradigma de sociedade, preferindo por vezes o aconchegante lar, com todas as tecnologias à disposição, à escola enfadonha e obsoleta.
Diante dessa situação surgem alguns projetos como por exemplo, One Laptop Per Child, projeto da autoria de Nicholas Negroponte, cientista Americano, com grande reconhecimento no mundo da informática, que pretende assegurar a possibilidade de todos os estudantes terem o seu próprio portátil para melhorar o seu nível de educação e poder entrar na nova era do conhecimento. A ideia de Nicholas Negroponte é produzir um portátil de baixo custo que tenha distribuição maciça, e que seja capaz de se ligar à Internet sem utilizar cabos (e sim use pilhas ou gerador). Estes computadores não estarão disponíveis para a venda ao público, serão distribuídos nas escolas, pelo governo. Com essa  massificação da informatização a sociedade tenderá a ser cada vez mais competitiva, criando mais riquezas, melhorando a qualidade de vida, tornando-se numa sociedade mais livre, evitando a exclusão do cidadão. Mas para que isto seja possível e não se criem maiores dissimetrias sociais, as políticas educativas desempenham um papel primordial. A escola tem papel fundamental na Sociedade da Informação, o de dotar o homem de capacidade para competir com o avanço tecnológico, de maneira a que o avanço não seja autônomo, e possa ser controlado, de modo que o desenvolvimento tecnológico se molde ás nossas necessidades e não as nossas necessidades se moldem ao desenvolvimento tecnológico.
CONSEQUÊNCIAS - Os aspectos positivos são visíveis, tal como a melhoria da qualidade de vida. Por outro lado, a introdução de máquinas e robôs nas indústrias aumenta a taxa de desemprego.
Com o nascimento de um novo setor denominado de quaternário, cujo bem mais importante é a informação, assistimos a mudanças profundas na sociedade. A taxa de desemprego continua  aumentando com o desaparecimento de algumas profissões e a perda de postos de trabalho. Mas, surgem outras profissões que exigem mais capacitação e informatização.
ECONOMIA - A competitividade exige melhor desempenho profissional, flexibilidade apostando-se na qualidade do produto ou serviço final em detrimento do processo. A caneta e o papel são substituídos pelo teclado. Com a Internet existe a troca de fluxo vivo de informação. A economia é movida por este processo.

ATIVIDADES:
1-    O que são TICs?
2-    De acordo com o texto porque as criações que o homem fez para melhorar sua vida também destroi?
3-     Quando surgiu a sociedade da informação e qual sua origem?
4-    De acordo com o texto a sociedade contemporânea está firmada na informação. Que benefícios essa informatização trás?
5-     Que condição é apresentada no texto para que a sociedade da informação progrida?
6-    Até pouco tempo que conhecimentos eram necessários para se sair bem na sociedade?
7-    Hoje que formação se exige que as escolas transmitam?
8-    Hoje qual é a relação dos jovens com a sociedade da informação?
9-    O que é o One Laptop Per Child?
10- Qual é a ideia de Negroponte?
11- O que se pretende com a massificação da informatização?
12- O que é preciso para que a massificação da informatização não provoque mais exclusão ainda?
13- Coloque V ou F:
(   ) A informatização provoca melhorias da qualidade de vida.
(   ) A introdução de máquinas e robôs nas indústrias aumenta o desemprego.
(   ) Existiam três setores da economia, a informática, representa hoje o setor quaternário.
             (   ) Hoje surgem novas profissões que exigem mais capacitação e informatização.

TÓPICO 35- SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO


SEMINÁRIO DE TEXTOS: TÓPICO 35- SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

TEXTO- 1-  OS PONTOS DE INTERCONEXÃO DAS REDES MUNDIAIS NOS FLUXOS DE TURISMO E SERVIÇOS CULTURAIS
As viagens internacionais há algum tempo, servia apenas a uma restrita parcela da população de alto poder aquisitivo, atualmente a indústria do turismo tem produzido um volume extraordinário de dinheiro, todos os países têm adotado políticas direcionadas ao turismo. O turismo se expandiu por vários motivos, mas com certeza o que impulsionou essa atividade foi o desenvolvimento dos transportes (ferroviário, rodoviário, hidroviário, marítimo e aéreo) e da telecomunicação (telefone, internet, celular etc.), pois esses facilitam a comunicação entre as empresas que trabalham nesse ramo. Hoje existe um fluxo internacional de turistas que gastam e consomem, incrementando ainda mais a atividade. O ramo turístico modifica o espaço geográfico, pois para atender o turista é preciso criar infraestrutura e direcionar mão de obra especializada, mas é importante destacar que o turismo exerce uma função importante em cidades turísticas, pois as características e a identidade do lugar são preservadas. Os países que recebem o maior fluxo de turistas são Estados Unidos e União Europeia. Os europeus são os que mais realizam viagens turísticas, em seguida os Americanos e Canadenses. Mas é bom ressaltar que essa é uma realidade vivida por pessoas de classe média e alta, que representam a minoria da população mundial. A maioria, não tem expectativa de realizar tais viagens.
A tipologia de fronteiras – não há fronteiras para uma minoria de classe média ou alta e com mão de obra qualificada, que transita de modo contínuo nos seus trabalhos e se transferem de um país a outro quando o desejam; podem ser ultrapassadas desde que autorizadas pelos governos aos turistas com disponibilidade em suas contas bancárias e cartões de crédito internacionais. As fronteiras dificilmente são ultrapassadas legalmente por uma classe de excluídos que, atraídos pela possibilidade de melhoria de suas condições de vida, tentam utilizar-se de mecanismos ilegais de imigração.
As fronteiras na escala internacional: a soberania do Estado restringe-se ao território delimitado pelas fronteiras nacionais.
não há um poder geral que submete os Estados a leis e regras.
TEXTO- 2-  Sociedade da Informação, Global Information Society, Sociedade do Conhecimento, Nova Economia, Sociedade Pós-Industrial são expressões geradas no interior do mesmo fenômeno: a globalização. Uma característica comum da multiplicidade de aspectos da globalização é uma rede global de informática e comunicações baseadas no uso de três ramos da eletrônica: os computadores, a microeletrônica e as telecomunicações. O uso dessa tríade de tecnologias revolucionárias pelo capitalismo global trouxe mudanças nas formas de ver o mundo, novos desafios a nossas relações sociais, instabilidades geradas por um novo poder econômico constituído pelas redes financeiras globais que segregam, excluem sociedades, países, regiões que não têm valor para seus ganhos financeiros. A mesma rede de comunicações que dão poder econômico às redes financeiras internacionais constrói redes globais de notícias, artes, ciências, diversões, lazer, viagens, integrando sons e imagens com palavras escritas e faladas num só hipertexto de alcance global, mudando para sempre nossa cultura.
TEXTO- 3-
Sociedade pré-industrial: tentativa e erro, ação e reação.
Sociedade industrial: experimentação, busca de soluções, descoberta, organização científica do trabalho, padronização, especialização, sincronização, centralização, one best way (uma única solução, a melhor)
Sociedade pós-industrial ou sociedade da informação: simulações computadorizadas; análise de sistemas; pesquisa dos problemas; invenção; enfoque científico dos processos de previsão, de programação, de decisão; desregulamentação e descentralização. Ao contrário do one best way, a resposta programada consiste em dizer que para maximizar a produção posso escolher entre muitas soluções que me permitem realizá-la de maneira diferente. Este método da ciência é completamente novo, revolucionário em relação ao utilizado pela sociedade industrial. Os resultados de uma pesquisa são possíveis de traduzir em linguagem informática. Fonte: DE MASI, Domenico. Sociedade pós industrial. 2a. edição. SP: Senac, 1999. pág. 51
TEXTO- 4- Para a UNESCO é um erro confundir a sociedade da informação com a sociedade do conhecimento. A Sociedade do conhecimento contribui para que o indivíduo se realize em sua realidade vivencial. Compreende configurações éticas e culturais e dimensões políticas. E sociedade da informação está limitada a um avanço de novas técnicas devotadas para transferir, o que pode ser uma massa de dados indistintos para aqueles que, não tem as competências necessárias para se beneficiarem deste tecnoespaço. Falando de uma forma ampla, assim como a sociedade industrial trouxe as tecnologias do vapor, a eletricidade e o motor a combustão para modificar o processo de produzir bens materiais e a sociedade da informação trouxe tecnologias emergentes da microeletrônica e da telecomunicação para processar e reunir estoques de dados relacionados visando uma eventual transferência destes dados mudando desse modo a maneira de se produzir  Há que cuidar quando se for usar o termo sociedade da informação, seu significado é simples e limitado comparado ao vigor dinâmico de uma ação completada de conhecimento.


 ATIVIDADES:
1-      De acordo com o texto, porque a indústria do turismo se expandiu?
2-      Por que o ramo turístico modifica o espaço geográfico?
3-      Quais são os  países que recebem o maior fluxo de turistas? E quais os que mais realizam viagens turísticas?
4-      Que tipo de pessoas realiza viagens internacionais?
5-      Por que o texto diz que não há fronteiras para uma minoria de classe alta, que eles podem transitar livremente pelos países?
6-      De acordo com o texto, a sociedade da informação surgiu dentro de que fenômeno?
7-      De acordo com o texto, uso de qual tríade de tecnologias revolucionárias pelo capitalismo global trouxe mudanças nas relações sociais?
8-      Numere:
(1)     Sociedade industrial             (2) Sociedade Pós Industrial ou sociedade da informação
(   ) one best way (uma única solução, a melhor)
(   ) simulações computadorizadas antes de acabar o produto
(   ) centralização das indústrias nas cidades.
(   ) Contrário do one best way (escolher entre muitas soluções que me permitem realizá-la de maneira diferente)
(   ) organização científica do trabalho
(   ) descentralização das indústria em direção ao campo e aos países periféricos
(   ) padronização dos produtos
(   ) pesquisa dos problemas
(   ) especialização da mão de obra
(   ) enfoque científico dos processos de previsão
(   ) sincronização dos movimentos

9-      Segundo a UNESCO, o que é sociedade do conhecimento?
10-    Segundo a UNESCO, o que é sociedade da informação?
11-    De acordo com o texto, que mudanças a sociedade industrial trouxe para a produção?
12-    De acordo com o texto, que mudanças a sociedade da informação trouxe para a produção?
13-    De acordo com o texto, coloque V ou F
(   )  As fronteiras de um Estado não se restringem ao seu território.
(   ) Hoje os pobres também podem fazer viagens internacionais.
(   ) O turismo se intensificou graças a desenvolvimentos no transporte e nas telecomunicações.
(   ) O ramo turístico modifica o espaço, pois, cria infraestruturas para satisfazer suas necessidades.
(   ) O turismo não ajuda na preservação das cidades, pois os turistas querem visitar apenas a natureza.
(   ) O pobre na maioria das vezes que atravessam fronteiras entre países é de forma ilegal.
(   ) A exclusão digital, exclui países do processo da globalização.
14-     Leia e interprete o poema
CACOFONIA SOCIAL  CARLOS VOGT
“Com a globalização
dá-se dos pobres
a exclusão
acima dos médios
a inclusão
e destes - se ricos -
a reclusão.”

TÓPICO--34. FRONTEIRAS 2


TÓPICO--34. FRONTEIRAS
Fronteiras, limites, territórios, são produto da história e representam a separação entre um país e outro. Em escala regional, nacional, internacional, a espacialidade representa o arranjo das fronteiras políticas. Com seus limites, sua história de lutas, conquistas, dominação, imposição de língua, costumes, religião, tradições, fragmentam e redefinem a configuração do território. Esses traçados imaginários desenham fronteiras simbólicas que podem ser segregadoras, instáveis, com soberanias difusas em conflitos religiosos, étnicos, políticos/estratégicos, culturais, econômicos, nacionais. O conceito de fronteira simbólica amplia o entendimento de desterritorialização(indivíduos que estão marginalizados do processo socioeconômico/cultural/político, sem lugar para viver, sem pátria, sem terra, sem casa) quando discute a noção de pátria, estado, território, povo, demarcando as diferenças e alteridades ligadas à exclusão.
O rompimento de fronteiras consiste em um dos aspectos mais difundidos na globalização. O capitalismo se reproduz não se importando com o bem-estar e a igualdade social e revela o aumento da desigualdade que é promovida pela acumulação de riquezas por uma minoria. A ampliação da desigualdade concorre para o fortalecimento do controle das fronteiras, a fim de sustentar o domínio dos fluxos migratórios, numa situação contraditória com a livre circulação de bens, informações e capital. Dificilmente se verifica um controle absoluto das fronteiras, configurando uma situação de ilegalidade não só em relação à migração como também no comércio internacional de mercadorias, inclusive de consumo proibido, como é o caso das drogas ilícitas. É a emergência da ilegalidade, representando uma ameaça ao controle dos governos sobre os fluxos que ultrapassam as fronteiras. Como a desterritorialização se manifesta em período recente? Essa indagação se justifica uma vez que o ataque à fronteira não ocorre necessariamente por divisões. Existem outras formas de desagregar um país, sobretudo, porque é possível comandar à distância, ações econômicas e políticas de forma dissimulada. Assim, a problemática das fronteiras adquire uma nova dimensão, a partir de outra definição de fronteira após esta invasão, por exemplo, pela informação. A diferença da distribuição da população, da riqueza, e da governabilidade combinada à comunicação global estimula o fluxo migratório que pressiona algumas fronteiras. As fronteiras políticas e o limite da soberania se estendem também sobre o ar. Segundo as regras internacionais, o espaço aéreo que recobre um país lhe "pertence".
ATIVIDADES:
1-O que é fronteira?
2-O que o texto diz sobre fronteira simbólica?
3- O que é desterritorialização?
4-De acordo com o texto, como o capitalismo se reproduz?
5- Que comércio representa uma ameaça ao controle das fronteiras?
6- De acordo com o texto, o que estimula a migração?
7- De acordo com o texto, coloque V ou F:
(   ) Para a  globalização não existem fronteiras
(   ) As fronteiras políticas e o limite da soberania se estendem também sobre o ar
(   ) A desigualdade na distribuição de renda estimula a migração.
(   ) A informática diminui as fronteiras simbólicas do comércio porque agiliza o processo.
(   ) O capitalismo aumenta a desigualdade social, porque acontece o acúmulo de riquezas por uma pequena parte da população

FRONTEIRAS E DESTERRITORIALIDADE
“Sem perspectivas de conseguir uma vida digna em seu próprio país, um grande número de bolivianos vem para o Brasil, principalmente para São Paulo, na esperança de encontrar melhores condições de subsistência. O Brás, bairro central da capital paulista, abriga milhares desses imigrantes. (..) René, porém, pode ser considerado um vencedor. Atingiu o objetivo do qual grande parte dos bolivianos que entram irregularmente no Brasil, à procura de melhores oportunidades de emprego (os chamados "migrantes laborais"), fica fora: montar a própria oficina de costura, ainda que humilde. Apesar do relativo êxito, teve de enfrentar uma via-crúcis. Ao chegar de La Paz, em 1996, recrutado por um colega também boliviano, René trabalhou três meses sem receber um centavo, resolveu buscar nova ocupação. Então, trocou várias vezes de patrão, até conseguir dinheiro para comprar sua primeira máquina e, assim, trabalhar por conta própria. Porém, as lembranças do tempo em que foi explorado ainda o acompanham. Com escassas horas de descanso, geralmente após as refeições, René e sua mulher chegavam a trabalhar em turnos de 16 horas diárias. Conseguiam costurar, aproximadamente, 30 peças por dia, recebendo de R$ 0,50 a R$ 1 por cada uma. (...) É impossível restringir o fluxo migratório proveniente da Bolívia. Os 3,4 mil quilômetros de fronteira inviabilizam a contenção de migrantes que fogem desesperadamente de um país que tem os piores indicadores sociais de toda a América do Sul, segundo o relatório mais recente sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é divulgado anualmente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A Bolívia ocupa a posição de número 104, num total de 162 países. Para efeitos de comparação, o Brasil se situa na 69ª colocação. É por causa dessa conjuntura miserável que muitos bolivianos se sujeitam a condições subumanas de trabalho na cidade de São Paulo. “ Revista Problemas Brasileiros, nº 347, set/out. 2001 “Falta de perspectivas leva pelo menos 2 milhões de brasileiros a tentar a sorte em outras terras” Brasileiros,nº 336, nov.99,
ATIVIDADES:
1.     Que motivos levam os latino-americanos  a migrarem.
2.       Que parte do texto justifica que a nova divisão internacional do trabalho não mais coincide com as fronteiras dos estados nacionais?
3.       De acordo com o texto que objetivo foi alcançado por René?
4.       De acordo com o texto, René enfrentou via-crúcis antes de alcançar seu objetivo. Que dificuldades foram essas?
5.       De acordo com o texto, porque é difícil limitar a entrada de bolivianos ilegalmente no Brasil?
6.       Por que muitos bolivianos fogem da Bolívia?
7.       O que significa a sigla PNUD?
8.       Por que muitos bolivianos se sujeitam a condições subumanas de trabalho na cidade de São Paulo?

TÓPICO--34. FRONTEIRAS


FRONTEIRAS- BRASIL QUER GANHAR O MUNDO -GLOBALIZAÇÂO- OSWALDO RIBAS
“Ultrapassadas as tensões graças ao MERCOSUL, as fronteiras brasileiras estão sendo redesenhadas. Pelo menos quando deixamos de lado características estritamente geográficas e políticas. Hoje é possível beber guaraná da Brahma na China, comer churrasco da Porcão em Tóquio, assistir à novela da Globo em Lisboa, fazer o trecho San Francisco-Los Angeles a bordo de um jato da Embraer ou entrar num caixa eletrônico do Itaú em Buenos Aires. Por meio de filiais espalhadas pelo mundo. As empresas brasileiras esforçam-se para conquistar espaços na economia global. Atualmente, o Brasil é campeão absoluto, entre as nações emergentes que sediam multinacionais, e também já possui cerca de mil empresa, de capital predominantemente nacional, com filiais espalhadas no mundo: as global players brasileiras.
" 400 das 500 maiores empresas transnacionais estão instaladas no Brasil. O Brasil, nos últimos três anos, só vem sendo superado pela China. Depois do "milagre" do Plano Real,  o impressionante aumento do volume de investimentos diretos estrangeiros no Brasil saltou para US$ 17 bilhões em 1997. Em 1993, era de US$ 2 bilhões. Recentemente, o Banco Central divulgou um estudo sobre esses investimentos que mostra já representarem 18% do Produto Interno Bruto.
E se por um lado o Brasil vem sendo escolhido como uma segunda pátria das multinacionais -, por outro, as companhias brasileiras também mostram seu apetite pelo mercado global. Associando-se em parcerias internacionais ou montando suas próprias fábricas em mercados externos, as operações com bandeira brasileira estão sendo abertas à velocidade de dez por mês, segundo dados da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). "O número de companhias  brasileiras instaladas no exterior rompeu a barreira das mil empresas".
A recente ofensiva para conquistar espaço nos países do MERCOSUL - Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia - contribuiu muito para as empresas brasileiras aventurarem-se em mercados externos. A Arisco Industrial Ltda. - uma das líderes nacionais no setor de alimentos, - investiu US$ 10 milhões na Argentina. Segundo a Arisco, a nova unidade industrial atenderá à demanda de exportação do MERCOSUL e deverá projetar a empresa como uma das maiores de seu setor no continente. Ainda nesse setor, a Sadia, maior fabricante nacional de carnes industrializadas saiu em busca da internacionalização.
Na condição de maior global player nacional - empresa em disputa pelo mercado mundial -, a Petrobrás, ainda estatal, mas em vias de privatizar-se, é a companhia que mais investe no exterior. Com operações em Angola, Líbia, golfo do México, Austrália e Noruega, a Petrobrás - já uma líder mundial na exploração de petróleo em águas profundas - pretende dobrar sua produção de óleo. A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) também brilha na arena internacional. No ramo da construção, a empreiteira Odebrecht, com investimentos e operações em vários continentes, ganhou a concorrência para construir desde uma hidrelétrica na Malásia, até o trem-bala que ligará a cidade de Miami a Orlando (sede da Disneyworld), nos EUA. Na área química, o grupo gaúcho Renner, produtor de tintas para carros e paredes, expandiu suas fábricas pela Venezuela e Chile.
Apesar da dificuldade do idioma português, restrito a poucas e pobres regiões do mundo, frente à dominação americana e japonesa, o Brasil também disputa um espaço na mais que rentável indústria cultural. A Rede Globo  compete com a mexicana Televisa pelo mercado latino-americano de telenovelas, ganha prêmios internacionais e mostra sua produção em pontos distantes do planeta como Pequim, Havana ou Londres. A agência de publicidade W/Brasil já está presente na Espanha, Portugal e EUA, na esteira da nova fama brasileira como "maior mercado emergente mundial da publicidade".
COMPETITIVIDADE
A modernidade brasileira esbarra em obstáculos quase intransponíveis quando se trata de competitividade nacional. O Fórum Econômico Mundial, instituto de pesquisa internacional com sede em Davos, na Suíça, derrubou a classificação brasileira do 42º lugar para a 46ª posição. Em 53 países, o Brasil só ganha da Colômbia, Polônia, Índia, Zimbábue, Rússia e Ucrânia. A justificativa é a má qualidade na "Educação". Para o instituto, "se o Brasil quiser ser uma potência global, afluente e influente, terá de dar escolas às crianças e reciclar seus professores, o Brasil terá de crescer durante um séc. a taxas anuais de 10% ao ano, para superar a diferença que o separa das nações ricas, berço das maiores multinacionais”.
Revista Problemas Brasileiros. SP:SESC, nº328, jul/ago.1998.
1-   No texto a palavra que define a interdependência entre governos, empresas, indivíduos, movimentos                      
sociais em diversos espaços, explicando as fronteiras flexíveis é?
2-     Que bloco econômico tem favorecido a globalização, no Brasil?
3-     De acordo com o texto, como é possível por exemplo entrar no caixa eletrônico do ITAÚ (que é uma empresa brasileira), em Buenos Aires, na Argentina?
4-     Segundo o texto, que país emergente tem mais empresas multinacionais espalhadas em seu território?
5-     O que são as global players brasileiras?
6-     O que o texto chama de “Milagre”, responsável pelo aumento de investimentos estrangeiros no Brasil?
7-     De acordo com o texto, que país supera o Brasil em volume de investimentos estrangeiros?
8-     O que significa a sigla UNCTAD?
9-     De acordo com o texto, quantas empresas o Brasil abre o exterior por mês? E quantas já tem instaladas?
10-  Que países fazem parte da MERCOSUL? Que país é o líder do MERCOSUL?
11-  Que empresas brasileiras, com filiais em outros países, são apresentadas no texto?
12-  De acordo com o texto, qual é a maior global player nacional? (Empresa com filiais em outros países)
13-  Qual é a maior multinacional, brasileira:
a-     do ramo dos alimentos?
b-    do ramo da aviação?
c-     do ramo do petróleo?
d-    do ramo cultural?
e-     do ramo da construção civil?
14-  Onde fica a sede da Disneyworld?
15-  Qual a maior dificuldade encontrada pelas empresas brasileiras em território internacional?
16-  De acordo com o texto, que dois países dominam a indústria cultural?
17-  A rede Globo compete, pelo mercado latino americano, com qual  empresa?
18-  O texto apresenta o Brasil como um pais de grande modernidade, mas com dificuldade em concorrer                             com o mercado internacional. Qual a justificativa apresentada para isso? Qual a solução apresentada  no texto para esse problema?

“ Moro em Portland, onde a Nike tem a sua sede empresarial. (...).Precisando de tênis novos, comecei a procurar (...) Pegava um tênis atrás do outro e lia: Made in China, Made in Korea, Made in Indonésia, Made in Thailand. Comecei a pedir tênis fabricado nos Estados Unidos aos balconistas. Os poucos que não ficaram confusos disseram que não existem tênis fabricado nos estados Unidos. Telefonei para a Nike e falei com o responsável pelo atendimento aos clientes, e ele me disse que a empresa ainda está manufaturando na Indonésia e em vários países da região. Liguei para a sede da L.A. Gear em Santa Mônica. Eu disse – Os Tênis que vocês produzem são fabricados nos Estados Unidos? - Fabricados aqui?, perguntou espantada, a pessoa que me atendeu. Ela me disse que seus tênis são produzidos no Brasil e na Ásia.
”Adaptado de Sally Tisdale. Americanos fabricam os seus tênis em toda parte. Folha de São Paulo, 2/10/1994.
1-     De acordo com o texto, Com a expansão da globalização pelo mundo os produtos perderam a                                identidade nacional. Justifique.
2-     Que país é sede da multinacional NIKE?
3-     Que países são apresentados no texto como fabricantes de produtos da NIKE?



TÓPICO--34. FRONTEIRAS
Fronteiras, limites, territórios, são produto da história e representam a separação entre um país e outro. Em escala regional, nacional, internacional, a espacialidade representa o arranjo das fronteiras políticas. Com seus limites, sua história de lutas, conquistas, dominação, imposição de língua, costumes, religião, tradições, fragmentam e redefinem a configuração do território. Esses traçados imaginários desenham fronteiras simbólicas que podem ser segregadoras, instáveis, com soberanias difusas em conflitos religiosos, étnicos, políticos/estratégicos, culturais, econômicos, nacionais. O conceito de fronteira simbólica amplia o entendimento de desterritorialização(indivíduos que estão marginalizados do processo socioeconômico/cultural/político, sem lugar para viver, sem pátria, sem terra, sem casa) quando discute a noção de pátria, estado, território, povo, demarcando as diferenças e alteridades ligadas à exclusão.
O rompimento de fronteiras consiste em um dos aspectos mais difundidos na globalização. O capitalismo se reproduz não se importando com o bem-estar e a igualdade social e revela o aumento da desigualdade que é promovida pela acumulação de riquezas por uma minoria. A ampliação da desigualdade concorre para o fortalecimento do controle das fronteiras, a fim de sustentar o domínio dos fluxos migratórios, numa situação contraditória com a livre circulação de bens, informações e capital. Dificilmente se verifica um controle absoluto das fronteiras, configurando uma situação de ilegalidade não só em relação à migração como também no comércio internacional de mercadorias, inclusive de consumo proibido, como é o caso das drogas ilícitas. É a emergência da ilegalidade, representando uma ameaça ao controle dos governos sobre os fluxos que ultrapassam as fronteiras. Como a desterritorialização se manifesta em período recente? Essa indagação se justifica uma vez que o ataque à fronteira não ocorre necessariamente por divisões. Existem outras formas de desagregar um país, sobretudo, porque é possível comandar à distância, ações econômicas e políticas de forma dissimulada. Assim, a problemática das fronteiras adquire uma nova dimensão, a partir de outra definição de fronteira após esta invasão, por exemplo, pela informação. A diferença da distribuição da população, da riqueza, e da governabilidade combinada à comunicação global estimula o fluxo migratório que pressiona algumas fronteiras. As fronteiras políticas e o limite da soberania se estendem também sobre o ar. Segundo as regras internacionais, o espaço aéreo que recobre um país lhe "pertence".

ATIVIDADES:
1-O que é fronteira?
2-O que o texto diz sobre fronteira simbólica?
3- O que é desterritorialização?
4-De acordo com o texto, como o capitalismo se reproduz?
5- Que comércio representa uma ameaça ao controle das fronteiras?
6- De acordo com o texto, o que estimula a migração?
7- De acordo com o texto, coloque V ou F:
(   ) Para a  globalização não existem fronteiras
(   ) As fronteiras políticas e o limite da soberania se estendem também sobre o ar
(   ) A desigualdade na distribuição de renda estimula a migração.
(   ) A informática diminui as fronteiras simbólicas do comércio porque agiliza o processo.
(   ) O capitalismo aumenta a desigualdade social, porque acontece o acúmulo de riquezas por uma pequena parte da população

FRONTEIRAS E DESTERRITORIALIDADE
“Sem perspectivas de conseguir uma vida digna em seu próprio país, um grande número de bolivianos vem para o Brasil, principalmente para São Paulo, na esperança de encontrar melhores condições de subsistência. O Brás, bairro central da capital paulista, abriga milhares desses imigrantes. (..) René, porém, pode ser considerado um vencedor. Atingiu o objetivo do qual grande parte dos bolivianos que entram irregularmente no Brasil, à procura de melhores oportunidades de emprego (os chamados "migrantes laborais"), fica fora: montar a própria oficina de costura, ainda que humilde. Apesar do relativo êxito, teve de enfrentar uma via-crúcis. Ao chegar de La Paz, em 1996, recrutado por um colega também boliviano, René trabalhou três meses sem receber um centavo, resolveu buscar nova ocupação. Então, trocou várias vezes de patrão, até conseguir dinheiro para comprar sua primeira máquina e, assim, trabalhar por conta própria. Porém, as lembranças do tempo em que foi explorado ainda o acompanham. Com escassas horas de descanso, geralmente após as refeições, René e sua mulher chegavam a trabalhar em turnos de 16 horas diárias. Conseguiam costurar, aproximadamente, 30 peças por dia, recebendo de R$ 0,50 a R$ 1 por cada uma. (...) É impossível restringir o fluxo migratório proveniente da Bolívia. Os 3,4 mil quilômetros de fronteira inviabilizam a contenção de migrantes que fogem desesperadamente de um país que tem os piores indicadores sociais de toda a América do Sul, segundo o relatório mais recente sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é divulgado anualmente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A Bolívia ocupa a posição de número 104, num total de 162 países. Para efeitos de comparação, o Brasil se situa na 69ª colocação. É por causa dessa conjuntura miserável que muitos bolivianos se sujeitam a condições subumanas de trabalho na cidade de São Paulo. “ Revista Problemas Brasileiros, nº 347, set/out. 2001 “Falta de perspectivas leva pelo menos 2 milhões de brasileiros a tentar a sorte em outras terras” Brasileiros,nº 336, nov.99,
ATIVIDADES:
1.     Que motivos levam os latino-americanos  a migrarem.
2.       Que parte do texto justifica que a nova divisão internacional do trabalho não mais coincide com as fronteiras dos estados nacionais?
3.       De acordo com o texto que objetivo foi alcançado por René?
4.       De acordo com o texto, René enfrentou via-crúcis antes de alcançar seu objetivo. Que dificuldades foram essas?
5.       De acordo com o texto, porque é difícil limitar a entrada de bolivianos ilegalmente no Brasil?
6.       Por que muitos bolivianos fogem da Bolívia?
7.       O que significa a sigla PNUD?
8.       Por que muitos bolivianos se sujeitam a condições subumanas de trabalho na cidade de São Paulo?

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