TÓPICO 35-
  SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 
Ao
  longo da história o homem tem criado diversos meios para se comunicar, e
  melhorar seu padrão de vida. Se por um lado as suas criações lhe conferem um
  melhor modo de vida (como a criação de transportes, comunicações, etc.), são
  precisamente estas criações que o destroem (pois causam poluição, degradação,
  desemprego, etc.). 
Sociedade da Informação surgiu no fim do Século
  XX, com origem na Globalização. Essa sociedade está em expansão, pois a
  sociedade contemporânea está inserida num processo de mudança em que as novas
  tecnologias são as principais responsáveis pela nova ordem. Nessa nova
  sociedade o desenvolvimento social e econômico está firmado na informação,
  pois essa gera criação de conhecimento, produção de riqueza e contribuição
  para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos. A Condição para a
  Sociedade da Informação progredir é a possibilidade de todos terem acesso às
  Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), presentes no nosso cotidiano
  que constituem instrumentos indispensáveis às comunicações pessoais, de
  trabalho e de lazer. 
ADAPTAÇÃO DO HOMEM A UM NOVO PARADIGMA DE SOCIEDADE 
Mas por outro lado, esta sociedade poderá ser a
  culpada por grandes diferenças sociais, levando em conta o seu grau de
  exigência. Visto que uma sociedade que tem como base as novas tecnologias
  poderá ser discriminatória. Até  pouco
  tempo, saber ler, interpretar  e
  calcular, era obrigatório para se viver em harmonia e bem-estar na sociedade,
  este cenário mudou e as necessidades de qualificações profissionais e
  acadêmicas aumentaram. Hoje se exige da escola pessoas com uma formação
  ampla, especializada, com um espírito empreendedor e criativo, com o domínio
  de uma ou várias línguas estrangeiras, com grandes capacidades para resolução
  de problemas e que dominem as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). 
RELAÇÃO DOS JOVENS COM A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 
Os jovens adquirem vários conhecimentos fora da
  escola, pois eles estão auto-integrados neste novo paradigma de sociedade,
  preferindo por vezes o aconchegante lar, com todas as tecnologias à
  disposição, à escola enfadonha e obsoleta.  
Diante dessa situação surgem alguns projetos como
  por exemplo, One Laptop Per Child, projeto da autoria de Nicholas Negroponte, cientista Americano, com
  grande reconhecimento no mundo da informática, que pretende assegurar a
  possibilidade de todos os estudantes terem o seu próprio portátil para
  melhorar o seu nível de educação e poder entrar na nova era do conhecimento.
  A ideia de Nicholas Negroponte é produzir um portátil de baixo custo que
  tenha distribuição maciça, e que seja capaz de se ligar à Internet sem
  utilizar cabos (e sim use pilhas ou gerador). Estes computadores não estarão
  disponíveis para a venda ao público, serão distribuídos nas escolas, pelo
  governo. Com essa  massificação da
  informatização a sociedade tenderá a ser cada vez mais competitiva, criando
  mais riquezas, melhorando a qualidade de vida, tornando-se numa sociedade
  mais livre, evitando a exclusão do cidadão. Mas para que isto seja possível e
  não se criem maiores dissimetrias sociais, as políticas educativas desempenham
  um papel primordial. A escola tem papel fundamental na Sociedade da
  Informação, o de dotar o homem de capacidade para competir com o avanço
  tecnológico, de maneira a que o avanço não seja autônomo, e possa ser
  controlado, de modo que o desenvolvimento tecnológico se molde ás nossas
  necessidades e não as nossas necessidades se moldem ao desenvolvimento
  tecnológico. 
CONSEQUÊNCIAS - Os aspectos positivos são
  visíveis, tal como a melhoria da qualidade de vida. Por outro lado, a
  introdução de máquinas e robôs nas indústrias aumenta a taxa de desemprego.  
Com o nascimento de um novo setor denominado de
  quaternário, cujo bem mais importante é a informação, assistimos a mudanças
  profundas na sociedade. A taxa de desemprego continua  aumentando com o desaparecimento de algumas
  profissões e a perda de postos de trabalho. Mas, surgem outras profissões que
  exigem mais capacitação e informatização. 
ECONOMIA - A
  competitividade exige melhor desempenho profissional, flexibilidade
  apostando-se na qualidade do produto ou serviço final em detrimento do
  processo. A caneta e o papel são substituídos pelo teclado. Com a Internet
  existe a troca de fluxo vivo de informação. A economia é movida por este
  processo. 
 | 
 
ATIVIDADES:
1-   
O que são TICs?
2-   
De acordo com o
texto porque as criações que o homem fez para melhorar sua vida também destroi?
3-   
 Quando surgiu a sociedade da informação e qual
sua origem?
4-   
De acordo com o
texto a sociedade contemporânea está firmada na informação. Que benefícios essa
informatização trás?
5-   
 Que condição é apresentada no texto para que a
sociedade da informação progrida?
6-   
Até pouco tempo
que conhecimentos eram necessários para se sair bem na sociedade?
7-   
Hoje que formação
se exige que as escolas transmitam?
8-   
Hoje qual é a
relação dos jovens com a sociedade da informação?
10-
Qual é a ideia de
Negroponte?
11-
O que se pretende
com a massificação da informatização?
12-
O que é preciso
para que a massificação da informatização não provoque mais exclusão ainda?
13-
Coloque V ou F:
(   ) A informatização provoca melhorias da
qualidade de vida.
(   ) A introdução de máquinas e robôs nas
indústrias aumenta o desemprego.
(   ) Existiam três setores da economia, a
informática, representa hoje o setor quaternário.
            
(   ) Hoje surgem novas profissões
que exigem mais capacitação e informatização.
SEMINÁRIO DE TEXTOS: TÓPICO
  35- SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 
TEXTO- 1-  OS PONTOS DE INTERCONEXÃO DAS REDES
  MUNDIAIS NOS FLUXOS DE TURISMO E SERVIÇOS CULTURAIS 
As viagens internacionais há algum
  tempo, servia apenas a uma restrita parcela da população de alto poder
  aquisitivo, atualmente a indústria do turismo tem produzido um volume
  extraordinário de dinheiro, todos os países têm adotado políticas
  direcionadas ao turismo. O
  turismo se expandiu por vários motivos, mas com certeza o que impulsionou
  essa atividade foi o desenvolvimento dos transportes (ferroviário,
  rodoviário, hidroviário, marítimo e aéreo) e da telecomunicação (telefone,
  internet, celular etc.), pois esses facilitam a comunicação entre as empresas
  que trabalham nesse ramo. Hoje existe um fluxo internacional de turistas que
  gastam e consomem, incrementando ainda mais a atividade. O ramo turístico modifica
  o espaço geográfico, pois para atender o turista é preciso criar
  infraestrutura e direcionar mão de obra especializada, mas é importante
  destacar que o turismo exerce uma função importante em cidades turísticas,
  pois as características e a identidade do lugar são preservadas. Os
  países que recebem o maior fluxo de turistas são Estados Unidos e União
  Europeia. Os
  europeus são os que mais realizam viagens turísticas, em seguida os
  Americanos e Canadenses. Mas
  é bom ressaltar que essa é uma realidade vivida por pessoas de classe média e
  alta, que representam a minoria da população mundial. A maioria, não tem
  expectativa de realizar tais viagens.  
A tipologia de fronteiras – não há fronteiras para uma
  minoria de classe média ou alta e com mão de obra qualificada, que transita
  de modo contínuo nos seus trabalhos e se transferem de um país a outro quando
  o desejam; podem ser ultrapassadas desde que autorizadas pelos governos aos
  turistas com disponibilidade em suas contas bancárias e cartões de crédito internacionais.
  As fronteiras dificilmente são ultrapassadas legalmente por uma classe de
  excluídos que, atraídos pela possibilidade de melhoria de suas condições de
  vida, tentam utilizar-se de mecanismos ilegais de imigração. 
As fronteiras na escala
  internacional: a
  soberania do Estado restringe-se ao território delimitado pelas fronteiras
  nacionais. 
não há
  um poder geral que submete os Estados a leis e regras. 
 | 
 |
TEXTO- 2-  Sociedade da Informação, Global Information
  Society, Sociedade do Conhecimento, Nova Economia, Sociedade Pós-Industrial
  são expressões geradas no interior do mesmo fenômeno: a globalização. Uma
  característica comum da multiplicidade de aspectos da globalização é uma rede
  global de informática e comunicações baseadas no uso de três ramos da eletrônica:
  os computadores, a microeletrônica e as telecomunicações. O uso dessa tríade
  de tecnologias revolucionárias pelo capitalismo global trouxe mudanças nas
  formas de ver o mundo, novos desafios a nossas relações sociais,
  instabilidades geradas por um novo poder econômico constituído pelas redes
  financeiras globais que segregam, excluem sociedades, países, regiões que não
  têm valor para seus ganhos financeiros. A mesma rede de comunicações que dão
  poder econômico às redes financeiras internacionais constrói redes globais de
  notícias, artes, ciências, diversões, lazer, viagens, integrando sons e
  imagens com palavras escritas e faladas num só hipertexto de alcance global,
  mudando para sempre nossa cultura. 
 | 
 |
TEXTO- 3- • Sociedade pré-industrial: tentativa e erro, ação e reação. 
• Sociedade industrial: experimentação,
  busca de soluções, descoberta, organização científica do trabalho,
  padronização, especialização, sincronização, centralização, one best way (uma
  única solução, a melhor) 
• Sociedade pós-industrial ou sociedade da
  informação: simulações computadorizadas; análise de sistemas; pesquisa
  dos problemas; invenção; enfoque científico dos processos de previsão, de
  programação, de decisão; desregulamentação e descentralização. Ao contrário
  do one best way, a resposta programada consiste em dizer que para maximizar a
  produção posso escolher entre muitas soluções que me permitem realizá-la de
  maneira diferente. Este método da ciência é completamente novo,
  revolucionário em relação ao utilizado pela sociedade industrial. Os
  resultados de uma pesquisa são possíveis de traduzir em linguagem
  informática. Fonte: DE MASI, Domenico. Sociedade pós industrial. 2a. edição.
  SP: Senac, 1999. pág. 51 
 | 
 |
TEXTO- 4- Para a UNESCO é um erro
  confundir a sociedade da informação com a sociedade do conhecimento. A
  Sociedade do conhecimento contribui para que o indivíduo se realize em
  sua realidade vivencial. Compreende configurações éticas e culturais e
  dimensões políticas. E sociedade da informação está limitada a um avanço de
  novas técnicas devotadas para transferir, o que pode ser uma massa de
  dados indistintos para aqueles que, não tem as competências necessárias
  para se beneficiarem deste tecnoespaço. Falando de uma forma
  ampla, assim como a sociedade industrial trouxe as tecnologias do
  vapor, a eletricidade e o motor a combustão para modificar o processo de
  produzir bens materiais e a sociedade da informação trouxe tecnologias
  emergentes da microeletrônica e da telecomunicação para processar e reunir
  estoques de dados relacionados visando uma eventual transferência destes
  dados mudando desse modo a maneira de se produzir  Há que cuidar quando
  se for usar o termo sociedade da informação, seu significado é simples e
  limitado comparado ao vigor dinâmico de uma ação completada de conhecimento. 
 | 
 |
ATIVIDADES: 
1-De
  acordo com o texto, porque a indústria do turismo se expandiu? 
2-Por que o ramo turístico modifica o
  espaço geográfico? 
3- Quais  países recebem o maior fluxo de turistas? E
  quais os que mais realizam viagens turísticas? 
4-Que tipo de pessoas realiza viagens
  internacionais? 
5-Por
  que o texto diz que não há fronteiras para uma minoria de classe alta, que
  eles podem transitar livremente pelos países? 
5-De acordo com o texto, a sociedade da
  informação surgiu dentro de que fenômeno?  
7-De
  acordo com o texto, uso de qual tríade de tecnologias revolucionárias pelo
  capitalismo global trouxe mudanças nas relações sociais? 
8-Segundo
  a UNESCO, o que é sociedade do conhecimento? 
9-Segundo
  a UNESCO, o que é sociedade da informação? 
10-De
  acordo com o texto, que mudanças a sociedade industrial trouxe para a
  produção? 
11-De
  acordo com o texto, que mudanças a sociedade da informação trouxe para a
  produção? 
12-De
  acordo com o texto coloque V ou F 
(   ) 
  As fronteiras de um Estado não se restringem ao seu território. 
(   ) Hoje os pobres também podem fazer
  viagens internacionais. 
(   ) O turismo se intensificou
  graças a desenvolvimentos no transporte e nas telecomunicações. 
(   ) O ramo turístico modifica o
  espaço, pois, cria infraestruturas para satisfazer suas necessidades. 
(   ) O turismo não ajuda na
  preservação das cidades, pois os turistas querem visitar apenas a natureza. 
(   ) O pobre na maioria das vezes que
  atravessam fronteiras entre países é de forma ilegal. 
(   ) A exclusão digital, exclui países do
  processo da globalização. 
 | 
  
13-Numere: 
(1)  
  Sociedade
  industrial              
(2)  
   Sociedade Pós Industrial ou sociedade da
  informação 
(   ) one best way (uma única solução, a
  melhor) 
(   ) simulações computadorizadas antes de
  acabar o produto 
(   ) centralização das indústrias nas
  cidades. 
(   ) Contrário do one best way (escolher
  entre muitas soluções que me permitem realizá-la de maneira diferente)  
(   ) organização científica do trabalho 
(   ) descentralização das indústria em
  direção ao campo e aos países periféricos 
(   ) padronização dos produtos 
(   ) pesquisa dos problemas 
(   ) especialização da mão de obra 
(   ) enfoque científico dos processos de
  previsão 
(   ) sincronização dos movimentos                   
 | 
 
1-    
Leia e
interprete o poema 
CACOFONIA SOCIAL 
  CARLOS
  VOGT 
“Com a globalização 
dá-se dos pobres a exclusão acima dos médios a inclusão e destes - se ricos - a reclusão.”  | 
  |
TÓPICO--34. FRONTEIRAS 
Fronteiras,
  limites, territórios, são produto da história e representam a separação entre
  um país e outro. Em escala regional, nacional, internacional, a espacialidade
  representa o arranjo das fronteiras políticas. Com seus limites, sua história
  de lutas, conquistas, dominação, imposição de língua, costumes, religião,
  tradições, fragmentam e redefinem a configuração do território. Esses
  traçados imaginários desenham fronteiras simbólicas que podem ser
  segregadoras, instáveis, com soberanias difusas em conflitos religiosos,
  étnicos, políticos/estratégicos, culturais, econômicos, nacionais. O conceito
  de fronteira simbólica amplia o entendimento de desterritorialização(indivíduos
  que estão marginalizados do processo socioeconômico/cultural/político, sem
  lugar para viver, sem pátria, sem terra, sem casa) quando discute a noção de pátria, estado, território,
  povo, demarcando as diferenças e alteridades ligadas à exclusão. 
O rompimento de
  fronteiras consiste em um dos aspectos mais difundidos na globalização. O
  capitalismo se reproduz não se importando com o bem-estar e a igualdade
  social e revela o aumento da desigualdade que é promovida pela acumulação de
  riquezas por uma minoria. A ampliação da desigualdade concorre para o
  fortalecimento do controle das fronteiras, a fim de sustentar o domínio dos
  fluxos migratórios, numa situação contraditória com a livre circulação de
  bens, informações e capital. Dificilmente se verifica um controle absoluto
  das fronteiras, configurando uma situação de ilegalidade não só em relação à
  migração como também no comércio internacional de mercadorias, inclusive de
  consumo proibido, como é o caso das drogas ilícitas. É a emergência da
  ilegalidade, representando uma ameaça ao controle dos governos sobre os
  fluxos que ultrapassam as fronteiras. Como a desterritorialização se
  manifesta em período recente? Essa indagação se justifica uma vez que o
  ataque à fronteira não ocorre necessariamente por divisões. Existem outras
  formas de desagregar um país, sobretudo, porque é possível comandar à
  distância, ações econômicas e políticas de forma dissimulada. Assim, a
  problemática das fronteiras adquire uma nova dimensão, a partir de outra
  definição de fronteira após esta invasão, por exemplo, pela informação. A
  diferença da distribuição da população, da riqueza, e da governabilidade
  combinada à comunicação global estimula o fluxo migratório que pressiona
  algumas fronteiras. As fronteiras políticas e o limite da soberania se
  estendem também sobre o ar. Segundo as regras internacionais, o espaço aéreo
  que recobre um país lhe "pertence". 
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 |
ATIVIDADES:
1-O que é
fronteira?
2-O que o texto
diz sobre fronteira simbólica? 
3- O que é
desterritorialização?
4-De acordo com o
texto, como o capitalismo se reproduz?
5- Que comércio
representa uma ameaça ao controle das fronteiras?
6- De acordo com o
texto, o que estimula a migração?
7- De acordo com o
texto, coloque V ou F:
(   ) Para a 
globalização não existem fronteiras
(   ) As fronteiras políticas e o limite da
soberania se estendem também sobre o ar
(   ) A desigualdade na distribuição de renda
estimula a migração.
(   ) A informática diminui as fronteiras
simbólicas do comércio porque agiliza o processo.
(   ) O capitalismo aumenta a desigualdade
social, porque acontece o acúmulo de riquezas por uma pequena parte da
população
FRONTEIRAS E DESTERRITORIALIDADE 
“Sem
  perspectivas de conseguir uma vida digna em seu próprio país, um grande
  número de bolivianos vem para o Brasil, principalmente para São Paulo, na
  esperança de encontrar melhores condições de subsistência. O Brás, bairro
  central da capital paulista, abriga milhares desses imigrantes. (..) René,
  porém, pode ser considerado um vencedor. Atingiu o objetivo do qual grande
  parte dos bolivianos que entram irregularmente no Brasil, à procura de
  melhores oportunidades de emprego (os chamados "migrantes
  laborais"), fica fora: montar a própria oficina de costura, ainda que
  humilde. Apesar do relativo êxito, teve de enfrentar uma via-crúcis. Ao
  chegar de La Paz, em 1996, recrutado por um colega também boliviano, René
  trabalhou três meses sem receber um centavo, resolveu buscar nova ocupação.
  Então, trocou várias vezes de patrão, até conseguir dinheiro para comprar sua
  primeira máquina e, assim, trabalhar por conta própria. Porém, as lembranças
  do tempo em que foi explorado ainda o acompanham. Com escassas horas de
  descanso, geralmente após as refeições, René e sua mulher chegavam a
  trabalhar em turnos de 16 horas diárias. Conseguiam costurar,
  aproximadamente, 30 peças por dia, recebendo de R$ 0,50 a R$ 1 por cada uma.
  (...) É impossível restringir o fluxo migratório proveniente da Bolívia. Os
  3,4 mil quilômetros de fronteira inviabilizam a contenção de migrantes que
  fogem desesperadamente de um país que tem os piores indicadores sociais de
  toda a América do Sul, segundo o relatório mais recente sobre o Índice de
  Desenvolvimento Humano (IDH), que é divulgado anualmente pelo Programa das
  Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A Bolívia ocupa a posição de
  número 104, num total de 162 países. Para efeitos de comparação, o Brasil se
  situa na 69ª colocação. É por causa dessa conjuntura miserável que muitos
  bolivianos se sujeitam a condições subumanas de trabalho na cidade de São
  Paulo. “ Revista
  Problemas Brasileiros, nº 347, set/out. 2001 “Falta de perspectivas leva pelo menos 2 milhões de brasileiros a
  tentar a sorte em outras terras” Brasileiros,nº 336, nov.99,  
 | 
 |
ATIVIDADES: 
1.     Que motivos levam os latino-americanos 
  a migrarem.  
2.       Que parte do texto justifica que a nova divisão
  internacional do trabalho não mais coincide com as fronteiras dos estados
  nacionais? 
3.       De acordo com o texto que objetivo foi alcançado
  por René? 
4.       De acordo com o texto, René enfrentou via-crúcis
  antes de alcançar seu objetivo. Que dificuldades foram essas? 
5.       De acordo com o texto, porque é difícil limitar a
  entrada de bolivianos ilegalmente no Brasil? 
6.       Por que muitos bolivianos fogem da Bolívia? 
7.       O que significa a sigla PNUD? 
8.       Por que muitos bolivianos se sujeitam a condições
  subumanas de trabalho na cidade de São Paulo? 
 | 
 |
FRONTEIRAS- BRASIL QUER GANHAR O MUNDO -GLOBALIZAÇÂO- OSWALDO RIBAS 
“Ultrapassadas
  as tensões graças ao MERCOSUL, as fronteiras brasileiras estão sendo
  redesenhadas. Pelo menos quando deixamos de lado características estritamente
  geográficas e políticas. Hoje é possível beber guaraná da Brahma na China,
  comer churrasco da Porcão em Tóquio, assistir à novela da Globo em Lisboa, fazer
  o trecho San Francisco-Los Angeles a bordo de um jato da Embraer ou entrar
  num caixa eletrônico do Itaú em Buenos Aires. Por meio de filiais
  espalhadas pelo mundo. As empresas brasileiras esforçam-se para conquistar
  espaços na economia global. Atualmente, o Brasil é campeão absoluto,
  entre as nações emergentes que sediam multinacionais, e também já possui
  cerca de mil empresa, de capital predominantemente nacional, com filiais
  espalhadas no mundo: as global players brasileiras. 
" 400 das
  500 maiores empresas transnacionais estão instaladas no Brasil. O Brasil, nos
  últimos três anos, só vem sendo superado pela China. Depois do
  "milagre" do Plano Real,  o
  impressionante aumento do volume de investimentos diretos estrangeiros no
  Brasil saltou para US$ 17 bilhões em 1997. Em 1993, era de US$ 2 bilhões.
  Recentemente, o Banco Central divulgou um estudo sobre esses investimentos
  que mostra já representarem 18% do Produto Interno Bruto. 
E se por um lado
  o Brasil vem sendo escolhido como uma segunda pátria das multinacionais -,
  por outro, as companhias brasileiras também mostram seu apetite pelo mercado
  global. Associando-se em parcerias internacionais ou montando suas próprias
  fábricas em mercados externos, as operações com bandeira brasileira estão
  sendo abertas à velocidade de dez por mês, segundo dados da Conferência das
  Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). "O número de
  companhias  brasileiras instaladas no
  exterior rompeu a barreira das mil empresas". 
A recente
  ofensiva para conquistar espaço nos países do MERCOSUL - Argentina, Uruguai,
  Paraguai, Chile e Bolívia - contribuiu muito para as empresas brasileiras
  aventurarem-se em mercados externos. A Arisco Industrial Ltda. - uma
  das líderes nacionais no setor de alimentos, - investiu US$ 10 milhões na
  Argentina. Segundo a Arisco, a nova unidade industrial atenderá à demanda de
  exportação do MERCOSUL e deverá projetar a empresa como uma das maiores de
  seu setor no continente. Ainda nesse setor, a Sadia, maior fabricante
  nacional de carnes industrializadas saiu em busca da internacionalização. 
Na condição de
  maior global player nacional - empresa em disputa pelo mercado mundial -, a Petrobrás,
  ainda estatal, mas em vias de privatizar-se, é a companhia que mais investe
  no exterior. Com operações em Angola, Líbia, golfo do México, Austrália e
  Noruega, a Petrobrás - já uma líder mundial na exploração de petróleo em
  águas profundas - pretende dobrar sua produção de óleo. A Empresa Brasileira
  de Aeronáutica (Embraer) também brilha na arena internacional. No ramo
  da construção, a empreiteira Odebrecht, com investimentos e operações
  em vários continentes, ganhou a concorrência para construir desde uma
  hidrelétrica na Malásia, até o trem-bala que ligará a cidade de Miami a
  Orlando (sede da Disneyworld), nos EUA. Na área química, o grupo gaúcho
  Renner, produtor de tintas para carros e paredes, expandiu suas fábricas pela
  Venezuela e Chile. 
Apesar da
  dificuldade do idioma português, restrito a poucas e pobres regiões do
  mundo, frente à dominação americana e japonesa, o Brasil também
  disputa um espaço na mais que rentável indústria cultural. A Rede Globo  compete com a mexicana Televisa pelo
  mercado latino-americano de telenovelas, ganha prêmios internacionais e
  mostra sua produção em pontos distantes do planeta como Pequim, Havana ou
  Londres. A agência de publicidade W/Brasil já está presente na Espanha,
  Portugal e EUA, na esteira da nova fama brasileira como "maior mercado
  emergente mundial da publicidade". 
COMPETITIVIDADE 
A modernidade
  brasileira esbarra em obstáculos quase intransponíveis quando se trata de
  competitividade nacional. O Fórum Econômico Mundial, instituto de pesquisa
  internacional com sede em Davos, na Suíça, derrubou a classificação
  brasileira do 42º lugar para a 46ª posição. Em 53 países, o Brasil só ganha
  da Colômbia, Polônia, Índia, Zimbábue, Rússia e Ucrânia. A justificativa é a
  má qualidade na "Educação".
  Para o instituto, "se o Brasil quiser ser uma potência global,
  afluente e influente, terá de dar escolas às crianças e reciclar seus professores,
  o Brasil terá de crescer durante um séc. a taxas anuais de 10% ao ano, para
  superar a diferença que o separa das nações ricas, berço das maiores
  multinacionais”. Revista Problemas Brasileiros. SP:SESC, nº328,
  jul/ago.1998. 
 | 
 |
ATIVIDADES:- 
1-No texto a palavra que define a interdependência
  entre governos, empresas, indivíduos, movimentos sociais em diversos espaços,
  explicando as fronteiras flexíveis é? 
2-Que bloco econômico tem favorecido a
  globalização, no Brasil? 
3-De acordo com o texto, como é possível por
  exemplo entrar no caixa eletrônico do ITAÚ (que é uma empresa brasileira), em
  Buenos Aires, na Argentina? 
4-Segundo o texto, que país emergente tem mais
  empresas multinacionais espalhadas em seu território? 
5-O que são as global players brasileiras? 
6-O que o texto chama de “Milagre”, responsável
  pelo aumento de investimentos estrangeiros no Brasil? 
7-De acordo com o texto, que país supera o Brasil
  em volume de investimentos estrangeiros? 
8-O que significa a sigla UNCTAD? 
 | 
  
9- De acordo com o texto, quantas empresas o
  Brasil abre o exterior por mês? E quantas já tem instaladas? 
10- Que países fazem parte da MERCOSUL? Que país
  é o líder do MERCOSUL? 
11-Que empresas brasileiras, com filiais em
  outros países, são apresentadas no texto? 
12-De acordo com o texto, qual é a maior global
  player nacional? (Empresa com filiais em outros países) 
13-Qual é a maior multinacional, brasileira:  
a-    
  do ramo dos alimentos? 
b-    
  do ramo da aviação? 
c-    
  do ramo do petróleo? 
d-    
  do ramo cultural? 
e-    
  do ramo da construção civil? 
14- Onde fica a sede da Disneyworld? 
15-Qual a maior dificuldade encontrada pelas
  empresas brasileiras em território internacional? 
16-De acordo com o texto, que dois países dominam
  a indústria cultural? 
17-A rede Globo compete, pelo mercado latino
  americano, com qual  empresa? 
18-O texto apresenta o Brasil como um pais de
  grande modernidade, mas com dificuldade em concorrer com o mercado
  internacional. Qual a justificativa apresentada para isso? Qual a solução
  apresentada no texto para esse problema? 
 | 
 
“ Moro em Portland,
  onde a Nike tem a sua sede empresarial. (...).Precisando de tênis novos,
  comecei a procurar (...) Pegava um tênis atrás do outro e lia: Made in China,
  Made in Korea, Made in Indonésia, Made in Thailand. Comecei a pedir tênis
  fabricado nos Estados Unidos aos balconistas. Os poucos que não ficaram
  confusos disseram que não existem tênis fabricado nos estados Unidos.
  Telefonei para a Nike e falei com o responsável pelo atendimento aos
  clientes, e ele me disse que a empresa ainda está manufaturando na Indonésia
  e em vários países da região. Liguei para a sede da L.A. Gear em Santa
  Mônica. Eu disse – Os Tênis que vocês produzem são fabricados nos Estados
  Unidos? - Fabricados aqui?, perguntou espantada, a pessoa que me atendeu. Ela
  me disse que seus tênis são produzidos no Brasil e na Ásia. 
”Adaptado
  de Sally Tisdale. Americanos fabricam os seus tênis em toda parte. Folha de
  São Paulo, 2/10/1994. 
 | 
 
1-    
De acordo com o texto, Com a expansão da
globalização pelo mundo os produtos perderam a identidade nacional. Justifique.
2-    
Que país é sede da multinacional NIKE?
3-     
Que países são apresentados no texto como
fabricantes de produtos da NIKE?
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